quinta-feira, 30 de outubro de 2008

OCT RESPONDE COM TRABALHO: RELATÓRIO DE ATIVIDADES DOS MESES SETEMBRO/OUTUBRO DE 2008.



Os meses de Setembro e Outubro foram momentos de “fortes emoções”. Não foram poucas as coisas que aconteceram nesses últimos sessenta dias, e o blog da OCT é expressão clara disso: quase 150 pots e mais de 10 mil acessos, que marcaram claramente o grande momento de “ebulição cultural” pelo qual passamos: novas bandas aderindo à OCT, Presente de Grego 2, a inclusão da OCT no Fórum Permanente de Cultura, a volta do Amostra Grátis, Antiguidade Moderna em estúdio, a “mudança” de Pleyades para Tiasques, Partenza no estúdio Coca Cola, parceria com o Programa Diversidade, Gravação do 1° Cd do Mão Dupla, nova formação do Pé-Rachado e os Porra Lokas, três Assembléias da OCT (além das reuniões periódicas em todas as quintas), Lançamento do Cena Morta, o Show do Desaster em Cuiabá, início da segunda fase do Documentário sobre o Rock Cuiabano, matérias na Revista Rolling Stones e Dinamyte, Branco ou Tinto concorrendo à categoria de banda revelação no Prémio Dinamyte, “Independência Rock”, dentre outros acontecimentos relacionados à OCT, direta ou indiretamente.


O blog chegando aos 40 mil acessos...

BLOG OCT: POSTS E ACESSOS


O blog OCT entrou no ar oficialmente em Novembro de 2007, mais especificamente, dia 11, daquele mês. De lá para cá, funcionou como uma das principais ferramentas de comunicação dos que compõe a OCT com o público maior. A ênfase, desde o princípio, foi o “artista”. A estratégia adotadas e o objetivo sempre ficaram muito claros, por exemplo: unem-se três bandas, estas criam um blog, e divulgam conjuntamente para seus fãs o endereço. Com o tempo, os respectivos fãs das bandas acessarão o blog, e nele, haverá informações sobre as bandas, de modo que tanto os fãs da banda “X” como “Y”, estarão possibilitados de conhecerem outros artistas. É uma forma limpa de se fazer “cena”. O blog está às vésperas de completar um ano de existência e já tem mais de 500 posts, se aproximando dos 40 mil acessos. Óbviamente, com a entrada de colaboradores no blog e com a ampliação do perfil daqueles que o acessam (desde universitários a escritores), o mesmo não poderia se restringir somente às noticias relacionadas às bandas da cooperativa (não que essa não tenha sido a MAIOR FATIA dos posts), mas incorporou na sua programação mensal, textos que variaram desde “dicas literárias”, matérias sobre a “história do rock”, a noticias de bandas de outras cenas e eventos variados. O resultado foi positivo (apesar de muitos terem amaldiçoado o que fizemos), tanto que os acessos, mês após mês, não pararam de subir!

Só nos meses de Setembro e Outubro, foram quase 150 posts e mais de 10 mil acessos! Os posts atenderam aos mais variados temas, mas predominantemente, às bandas associadas à Cooperativa, e até mesmo, a outros eventos que foram produzidos em Cuiabá no período, apesar de nunca termos nos colocado na obrigação de noticiar toda as movimentações, de “salvar a cena cuiabana”, como alguns grupelhos se auto-colocam... Ao contrário, em todos os posts estamos estimulando a DESCENTRALIZAÇÃO, o surgimento de novos agentes, de novos veículos, de novas comunidades, de novos trabalhos. Olhando o que acontece em Cuiabá, portanto, a OCT vai “contra a maré”. Nosso blog é uma ferramenta nossa, mas não queremos que seja a única ferramenta em Cuiabá, mas que seja uma possibilidade de várias, tanto ao público, como às próprias bandas.

NOVAS BANDAS ADERINDO À OCT

A OCT começou com três bandas. Depois de um tempo chegou a quase vinte bandas, e em Setembro e Outubro, depois de idas e vindas (normal quando se trata de uma organização composta por “não-funcionários” e de pessoas com diferentes objetivos de vida ou afazeres), a OCT recebeu de braços abertos as bandas Hilayama, Leão Sem Dentes, Paradise Horror Show e Sinimbu Stricknick, além de estarem quase aderindo a cooperativa, mais umas três bandas (que informaremos nas próximas semanas). Então nos perguntamos: por que as bandas aderem à OCT? Seria por que algo não vai bem com as outras “organizações” em Cuiabá ou por que foram convencidas das propostas de Cooperativa? Ou as duas coisas? São questões que por incrível que pareça, não são discutidas no seio de outros meios, às vezes por uma questão de orgulho, ou por mera demarcação política, que impede de verem que a realidade não é tão “linear e vazia” assim.

De qualquer forma, a troca de experiências já iniciou, e um exemplo claro disso, é a iniciativa do “Sinimbu Stricknick” de organizarem o “Festival Tapa na Cara”, que acontecerá agora em Novembro, no Centro Comunitário do Parque Cuiabá.

PRODUÇÃO DE EVENTOS E O “PRESENTE DE GREGO 2”


A OCT desde que surgiu até hoje, produziu vários eventos. Não que seja uma produtora, mas que não ausência de “produtoras honestas” no rock cuiabano, teve que assumir a direção e organizar alguns eventos, em que os artistas associados pudessem se apresentar e conseqüentemente se divulgarem. Também estimulamos e apoiamos a organização de outros eventos nesse tempo todo. Nos meses de Setembro e Outubro, os eventos que apoiamos (com divulgação ou força direta de trabalho) ou realizamos foram: Amostra Grátis, Cena Morta, Show do Desaster, Independência Rock e a realização do “Presente de Grego 2”. Em todos os eventos mencionados acima, demos cobertura plena na divulgação, mas o que foi realizado diretamente pela OCT, foi o “Presente de Grego 2”. O mesmo, aconteceu na Casa Cuiabana, no dia 27 de Setembro, e contou com os shows das bandas Unreal, Paradise Horror Show, Antiguidade Moderna, Pé-Rachado e os Porra Lokas e Heróis de Brinquedo. Inicialmente aconteceria no 20 de Setembro, porém, justamente no dia, caiu a famosa “chuva do caju” e como era local aberto, tivemos que transferir para a semana seguinte. O evento, como relatamos em várias resenhas no mês de Setembro, foi um SUCESSO: ótimos shows, uma estrutura de som bem elogiada, um público grande, cobertura do Programa Diversidade (SBT), divulgação no “Blitz MTV”, no site “Meu Palco”, além das várias notas em jornais, como o “Diário de Cuiabá” e “Folha do Estado”.



Por que a OCT não realiza três, quatro, dez eventos no mês? Primeiro, que não somos uma “produtora”, mas uma organização de artistas e colaboradores; em segundo lugar, em Cuiabá atualmente não existe espaço físico para a realização dos mesmos eventos, sendo que os mesmos, ou atendem um público específico demais, ou são espaços improvisados, como MUSEUS, etc. Se para alguns é uma questão de “capacidade”, para nós, OCT, é um problema muito mais grave e mais sério do que se imagina, pois se por um lado, é um momento em que dia após dia surgem mais bandas, agentes, por outro, não existe espaço suficiente para comportar todo mundo; se existem bandas ou agentes inconformados com esta situação, por outro, existem aqueles que querem deixar as coisas como estão... Esse é o tipo de problema que independentemente de organizações e suas diferenças, tem que ser resolvido, e a OCT está discutindo permanentemente essa pauta.

ASSEMBLÉIAS E REUNIÕES


Nesses dois últimos meses não foram poucas as reuniões que tivemos! Se aconteceu muita coisa, também conversamos muita coisa, e foi reafirmada a grande característica da OCT: Horizontalidade, ou seja, tudo passa por todos, sem “cúpula iluminada”. Nessas instâncias foram tomadas decisões importantes, como a adesão ao “Fórum Permanente”, o estabelecimento de uma cota mensal entre todos os associados para a aquisição do som ou mesmo, o apoio a várias iniciativas, como o “Documentário sobre o rock cuiabano”.

A decisão de engajar a cooperativa nas discussões do Fórum Permanente, sem dúvidas, foi a mais discutida internamente, uma vez que não estava nos planos da OCT se envolver em discussões sobre “políticas públicas”, Secretárias Estaduais ou municipais, ou mesmo “Conselhos”. Porém, mediante a conjuntura que se formou, em que as “máscaras da aristocracia cultural cuiabana” começaram a cair, a OCT não poderia ficar de fora, e decidiu entrar no embate. Mesmo não estando devidamente preparada, digo em termos de conteúdo, a OCT vai se preparando no decorrer do processo, e temos total lucidez que a nossa participação é legitima, e que mesmo com as provocações dos “donos da cena”, em que colocam palavras em nossa boca, de que “não nos envolveríamos com estado” e blá blá blá (acusação infame, já que no nosso próprio estatuto nós deixamos claro que a questão não é captalizar dinheiro público ou privado, mas “captalizar e depois não conseguir andar com as próprias pernas!), continuamos firmes e fortes. Aliás, todo mundo tem direito de participar dessas discussões, pois ainda elas não foram PRIVATIZADAS. Esse estranho incomodo expressado nos comentários infelizes que têm saído por aí, só confirmam essa pretensão meio “quixotesca” de dominar o mundo!


BANDAS DA OCT A MIL POR HORA: TIASQUES (EX-PLEYADES), ANTIGUIDADE MODERNA, PARADISE HORROR SHOW, PÉ-RACHADO E OS PORRA LOKAS, ANGÚSTIA, MÃO-DUPLA, CAMILOTS, SINIMBU STRICKNICK, DENTRE OUTRAS.

É como aquela velha frase: “enquanto os cães ladram, a caravana vai passando”, e é justamente a confirmação dela, que temos visto em Cuiabá, pois as bandas da OCT, depois de quase um ano de trabalho permanente, estão andando mais do que nunca com as próprias pernas. Vamos aos casos:

Já no início de Setembro, quem mudou de nome foi o “Pleyades”. A ocasião se deu no “Aniversário do Coxipó”. O motivo: já haviam cerca de três bandas com o nome “Pleyades” e isso poderia dar algum problema para banda. Nenhuma dessas outras três bandas estavam registradas, mas a banda decidiu mudar mesmo assim o nome da banda para “Tiasques”, palavra inca que significa “mensageiros”. A banda entendeu que o nome assimilava a nova fase vivida: rearranjo das músicas, NOVAS COMPOSIÇÕES, e articulação de novas gravações e um vídeo-clipe para início de 2009.


Alessandro, Juliano e Antonio - Tiasques.

Também quem não perdeu tempo foi o Antiguidade Moderna, que nesse intervalo de dois meses, fez dois shows (Presente de Grego e Amostra Grátis), ensaios fotográficos, novas composições e entrou em estúdio para a gravação do seu primeiro Ep – “Cena nova”. A banda hoje tem sido uns dos pilares da OCT, e a cada dia que se passa, acumula mais admiradores do seu trabalho.


Mão-Dupla na estrada e com Cd na mão

Lá no sudeste, quem tem trabalhado bastante, são os rapazes do “Mão-Dupla”, que nesse último mês, depois de vários meses de trabalho, finalizaram seu 1° Cd. De imediato, os garotos encaminharam para a Cooperativa as faixas (via-email) e links de vídeos. Já fecharam parcerias com estúdios e programas de televisão. Realmente, o “Mão-Dupla” é uma banda atitude, pois caíram no mundão com a cara, coragem e muito talento. Não estão presentes fisicamente na OCT, mas é um caso específico, pois todos nós da OCT, consideramos a banda como parte do que tem sido construído (inclusive o modelo de estatuto é inspirado no estatuto do “Instituto Mão-Dupla”).

Uma banda que também ganhou muito em Setembro/Outubro foi Pé-Rachado e os Porra Lokas, que com a recém entrada de Junior Conan e Pedro Lacraia, cresceu, e cresceu muito! Nesses dois últimos meses fizeram vários shows, apresentaram novas canções, e passaram a serem conhecidos e discutidos por todos da cena. Nas próximas semanas entraram em estúdio e gravarão seu primeiro Ep, chamado “Espírito de porco”.

Quem também tem estado em processo de composição e produção foram as bandas Camilots e Angústia. Esta última se apresentou no Amostra Grátis e Camilots ia se apresentar no “Independência Rock”, porém, com alguns problemas internos de integrantes, tiveram que cancelar o show. A discussão agora é fundir o Angústia com o Camilots, já que os integrantes das duas bandas são quase os mesmos, ou seja, Buiu, Shanel e Teka. O único elemento diferencial é o “japinha”, baterista do Camilots!

Em Setembro também tivemos boas surpresas, como a entrada de “Paradise Horror Show”, que fez sua primeira apresentação no “Presente de Grego 2”, e apesar das opiniões controversas (para uns não foi bom, para outros foi!), a banda continuou firme e forte, e atualmente tem sido acompanhada por um amigo músico, que está ajudando na produção da banda.

Outra banda que entrou na OCT, e foi a última, é “Sinimbu Stricknick”. A banda tem pouca mais de três meses e já está encabeçando a organização do “Festival Tapa na Cara”, que acontecerá lá no Centro Comunitário do Parque Cuiabá. A banda também tem ensaiado bastante e dado ênfase nas suas próprias composições. Ainda não estreiou, mas já tá tudo programado, e o grande dia será 8/11, no Festival.


O GRANDE RETORNO DOS DEBATES NO FÓRUM PERMANENTE


Quase que simultaneamente com a entrada da OCT no Fórum, houve o que muitos chamaram de “O grande retorno dos debates no Fórum...”. O desenho estava formado: de um lado o GRUPÃO, composto pelo Espaço Cubo/Volume, Cufa, Confraria dos Atores, alguns artistas de lambadão, entre outros (a quem diga que os mesmos, todos, têm sido beneficiados até em “regimes de urgência” pelo secretário Mario Olimpio). Do outro lado, cineastas, Institutos Culturais, antigos músicos, Dj’s, apresentadores de programa, escritores e vários outros.

A primeira reunião que a OCT participou foi uma reunião bem disputada, e ambos os grupos estavam em igual peso, em termos de pessoas, porém, em termos de representantes de entidades, era explícito o “fim da hegemonia do GRUPÃO”. E esse fim foi o que aconteceu nas outras reuniões que se sucederam. Hoje, depois de quase dois meses, a cultura está rachada: existem aqueles que querem manter as “mamatas” e aqueles que querem as mesmas condições de “incentivo” na hora de produzirem cultura. A OCT, como não poderia deixar de ser, está com o segundo grupo, e como todos, deseja mais do que nunca, o FIM do imperialismo cultural em Cuiabá! Reivindica o direito de existir, o direito de não concordar com a máxima do GRUPÃO: “ou está comigo ou é meu inimigo”.

APOIO DA OCT À REALIZAÇÃO DO DOCUMENTÁRIO SOBRE O ROCK CUIABANO.


A OCT, desde que foi lançado o documentário, se colocou a favor da iniciativa, entendendo que a mesma, com todos os dados levantados, serviria para ampliar e precisar o debate sobre o que concebemos como a “cena rock cuiabana”. Desde que foi lançando, em 15 de Agosto, a OCT tem dado cobertura direta para o que tem sido feito pela Comissão Organizadora do Documentário. Hoje, o mesmo já entrou na segunda fase, e inicia a terceira fase, com a realização de entrevistas com bandas, agentes culturais, filmagens de ensaios, etc. A OCT está acompanhando de perto a realização, e fará o que for preciso para dar certo, inclusive intervir para que os “donos da cena” não incorporem em suas teias, mais essa ação legitima e inédita, pois não queremos mais um documentário sobre a “história do mesmo grupo”, mas um material que contemple toda a diversidade, incomensurável, que é o Rock Cuiabano.

BRANCO OU TINTO CONCORRE A CATEGORIA DE BANDA REVELAÇÃO NO PRÉMIO DYNAMITE


Branco ou Tinto é uma banda parceríssima da OCT. Atualmente não compõe a OCT, mas participa até mesmo de reuniões e na discussão dos projetos da Cooperativa. Hoje, concorre na categoria de revelação do “Prémio Dynamite”. Nesses últimos meses a OCT também tem ajudado na divulgação do fato, e estamos todos na expectativa de um bom resultado, entendendo que é uma ocasião importante, já que a banda não está dentro dos grupos tradicionais, e esse bom resultado, será a evidência de um “novo ciclo”.



A bandas tem produzido permanentemente nesses últimos meses, chegando mesmo a participar do Blitz MTV, e tocado até em outras cidades. Se tem uma banda fora do, digamos assim, “GRUPÃO, e tem produzido muito, essa é o BOT.


AS MÁSCARAS CAINDO PERANTE O BRASIL: MATÉRIA NA “ROLLING STONES” E “DINAMYTE”


Nos últimos meses não foram poucas as criticas que foram feitas tanto a ABRAFIN, quanto a Espaço Cubo, tanto em Cuiabá, como em nível de Brasil. A primeira bomba foi a matéria publicada na “Revista Rolling Stones” do mês de Setembro, na qual haviam varias entrevistas de bandas, que faziam duras criticas a ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes ) e Espaço Cubo, um dos braços da mesma. Apontavam problemas como a “falta de remuneração” dos artistas que se apresentam, e as relações de “brodagem”, ou seja, “sua banda toca no meu festival, se você tiver outro festival para minha banda tocar”. A matéria, apesar de trazer a insatisfação de várias bandas, que todos tínhamos como satisfeitas com o atual cenário independente brasileiro (por exemplo “Ecos Falsos”), não foi a primeira critica a ABRAFIN, pois no início do ano outra matéria saiu no Folha do Estado de São Paulo, seguindo a mesma linha.

As grandes falhas da ABRAFIN são coisas que todos sabem que existem, mas só abrem a boca quando já estão de fora do “panelaço”, ou então, se saturaram do “ou está comigo ou é meu inimigo”.

Depois de quase um mês, saiu no site da Dynamite uma matéria organizado por Humberto Finatti, com o título: “A fogueira das vaidades”. Na mesma foi relatado a grande insatisfação de bandas excluídas da “brodagem” da ABRAFIN, e os rachas que têm sido vistos a “olhos nus”, como por exemplo, da banda Los Porongas (antiga parceira do GRUPÃO) com Macaco Bong, que hoje nem ao menos trocam palavras. Dentre outras acusações que o Espaço Cubo recebeu, uma delas está no fato de não se preocuparem com “arte”, mas com seus interesses políticos, coisa que os iguala aos velhos BUROCRATAS DIREITONAS que bem conhecemos...

Ainda no “Fogueira das vaidades”, foi relatada a organização paralela do Festival Chico Pop, no Rio Branco (ACRE), em que no dia seguinte aconteceria do “Festival Varadouro”. O “Chicão” teve sua programação montada somente com bandas EXCLUÍDAS da programação do Varadouro. Fato que excluiu qualquer tentativa de reduzir a importância da realização do mesmo, às vésperas do Varadouro.

Muitas já apontam para a construção de uma nova organização, outros, para o racha da ABRAFIN, a OCT ta apostando na primeira hipótese, juntamente com seus contatos nacionais...

REELEIÇÃO DE WILSON: O QUE CONTINUA.


Na história do Rock cuiabano, nunca, nunca mesmo, uma organização apoio explicitamente um candidato à prefeitura. Já tivemos casos de agentes se envolverem com “política eleitoreira”, mas quando era assim, eram agentes que davam seu nome de forma isolada, e ainda assim, ligados a siglas partidárias que supostamente estavam relacionadas à esquerda. Pois bem, além das organizações “neo-nazistas” que apóiam os “partidos direitonas”, o que mais resta? Em Cuiabá, não temos nenhuma organização neo-nazista (ainda bem!), mas por outro lado, temos os antigos partidos de esquerda que hoje pularam para o outro lado (caso do PC do B, etc) e na cultura, o Espaço Cubo, que apoiou diretamente o candidato a reeleição Wilson Santos. Nada contra que as pessoas tenham suas convicções políticas pessoais, e que levantem bandeiras, afinal, todos levantamos bandeiras, e seria hipocrisia de nossa parte ficar afirmando neutralidade, que no nosso caso, também não existe, principalmente no meu caso, Bruno, que sempre deixei claro minha posição favorável ao VOTO NULO. Mas nesse caso, tudo é muito hilário! Há dois anos, por exemplo, o mesmo grupo e várias pessoas que lá estão, estavam no CLTP (Comitê de Luta Pelo Transporte Público), lembram? Alguns eram até linha de frente, mobilizavam manifestantes em suas próprias escolas, e puxavam palavras de ordem... e hoje? “Wilson é o Lula de Cuiabá?” tsc tsc tsc Wilson distribuiu renda? Wilson congelou a tarifa de ônibus? O que aconteceu nesse pequeno intervalo de dois anos? Será que Wilson agora é socialista? Ou será que o grupo referido resolveu assumir sua essência direitona?


CLTP na Barão de Melgaço em 2006.

Enfim, com a vitória de Wilson, provavelmente Mario Olimpio continuará na Secretária de Cultura, mas o que não podemos deixar continuar são esses privilégios irrestritos aos “parceirões” da prefeitura, que falam falam falam de “independência”, mas na hora de mostrarem isso, fazem justamente o contrário, aí vêm com aquelas redefinições bizarras de que “independência é eu escolher as bandas que tocam no meu festival, etc ”. Pode escolher a banda que toca no seu festival, mas na hora de votar, não pode escolher...

Enfim, terminando esse longo texto, gostaria de ter deixado claro o RENASCIMENTO da OCT, que hoje está mais fortalecida do que antes, e com uma base muito mais coerente.

No mais, até o próximo relatório! Esse demorou, mas saiu!

Um forte abraço a todos(as)!

Bruno P. Rodrigues/Assessoria de Comunicação da OCT, historiador e vocalista do Tiasques.